2- Os SUKHOI De Hugo Chaves. Continuando a série “Grandes Momentos” de nosso aeroporto, temos agora outra história pouco conhecida deVal-de Cãns (Júlio Cesar) que
é sobre a passagem dos belíssimos caças Sukhoi a caminho da Venezuela.
Por volta do ano de 2006, A Venezuela havia encomendado junto a Rússia uma grande quantidade de caças de última geração Sukhoi 30. Entretanto, como a data nacional daquele país estava próxima e provavelmente para agradar ao Presidente Hugo Chaves, a Sukhoi enviou à Venezuela duas aeronaves e um avião de apoio ( e que avião) para participarem das comemorações em vôo. Para a felicidade dos spotters, a rota seguida pelos Russos incluía Recife e Belém, fato devidamente antecipado pelo fórum Contato Radar, uma excelente fonte de informações. Assim, no dia marcado para a escala em Belém, Comparecemos a cabeceira 06 e conseguimos fazer o registro da passagem por aqui.
Por volta das 10:30, entrou na fonia uma aeronave cujo piloto transmitia em um Inglês carregado, que podíamos ouvir graças ao “Rocco”. Algum tempo depois, apareceu no horizonte, entrando em uma longa final, um transporte ILYUSHIN IL-76, caranguejando contra o forte vento que soprava naquela manhã e causando um impacto visual pelo seu tamanho, a ponto de fazer um ônibus da Icoaraciense parar para assistir. Foi um pouso inesquecível, com as árvores à margem da estrada sacudindo sua folhagem graças ao deslocamento de ar do gigante. Nessa hora tivemos certeza de que os Sukhoi não tardariam a chegar.
O pouso de ambos os caças ocorreu por volta das 10:50h pela cabeceira 06, em uma formação I M P E C Á V EL . É isso mesmo, eles pousaram em formação, com os freios aerodinâmicos estendidos e com um ruído maravilhoso. Apenas um pequeno detalhe, eles se dirigiram ao pátio da FAB e permaneceram com as turbinas ligadas e os pilotos nas aeronaves até a chegada do apoio, uns 15 minutos depois. Acredito simplesmente que não havia escadas adequadas ao desembarque dos pilotos na BABe e como u Ilyushin estava na remota...
Não satisfeitos em assistir o pouso, eu e o comandante Muhammad, que me acompanhava na aventura, começamos a acionar nossos contatos para ver se conseguíamos chegar mais perto das aeronaves. Após alguns minutos de ansiedade, conseguimos literalmente tocar o Ilyushim e sermos bafejados pelo ar quente das turbinas dos Sukhoi, como podem perceber pelas fotos. Pouco tempo depois, devidamente abastecidos, todos decolaram para a etapa final daquela viagem, deixando em nossas mentes um gosto de “quero mais”, e em nossos olhos um brilho de quem viu um objeto de seu desejo e paixão.
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